obras selecionadas
Maria-Carmen Perlingeiro
Eclipse, 2014
26 x 26 x 3 cmAlabastro e ouro
Maria-Carmen Perlingeiro
Mariposas, 2018
20 x 7 cm e 13 x 7 cmAlabastro e ouro
Maria-Carmen Perlingeiro
Micas, 2012
38 x 49 x 2 cmCabo de aço, plexiglass, mica
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Maria-Carmen Perlingeiro
Maria-Carmen Perlingeiro (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1952). Escultora, desenhista e artista multimídia.
Em 1971, estuda na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ). Dois anos depois, frequenta a Escola Superior de Arte Visual de Genebra, Suíça. Em 1977, leciona serigrafia com Dionisio del Santo (1925-1999), na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), no Rio de Janeiro, e, em 1990, na Escola Superior de Arte Visual de Genebra. Participa da 13ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1975, e da edição seguinte, em 1977.
Em 1982, frequenta as aulas do Pratt Institute e, no ano seguinte, do Art Students League, ambas instituições em Nova York. Em 2001, integra a mostra O Espírito de Nossa Época, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Em 2005, participa do 2º Simpósio de Escultura, em Volterra, Itália. No Rio de Janeiro, realiza exposições individuais no Museu de Arte Moderna (MAM/RJ), em 1982, no Paço Imperial, em 2006, e no Museu da Chácara do Céu, em 2007. Desde 2000, desenvolve projetos artístico-paisagísticos na Suíça.
Maria-Carmen Perlingeiro (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1952). Escultora, desenhista e artista multimídia.
Em 1971, estuda na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ). Dois anos depois, frequenta a Escola Superior de Arte Visual de Genebra, Suíça. Em 1977, leciona serigrafia com Dionisio del Santo (1925-1999), na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), no Rio de Janeiro, e, em 1990, na Escola Superior de Arte Visual de Genebra. Participa da 13ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1975, e da edição seguinte, em 1977.
Em 1982, frequenta as aulas do Pratt Institute e, no ano seguinte, do Art Students League, ambas instituições em Nova York. Em 2001, integra a mostra O Espírito de Nossa Época, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Em 2005, participa do 2º Simpósio de Escultura, em Volterra, Itália. No Rio de Janeiro, realiza exposições individuais no Museu de Arte Moderna (MAM/RJ), em 1982, no Paço Imperial, em 2006, e no Museu da Chácara do Céu, em 2007. Desde 2000, desenvolve projetos artístico-paisagísticos na Suíça.
Luz de Pedra
Entre o Monte Cervino, as colinas da Toscana e os morros cariocas, Maria-Carmen Perlingeiro vem construindo sua ‘poética da pedra’. A artista brasileira, radicada em Genebra, na Suíça, expõe sua mais recente produção – torsos e poliedros de alabastro, peles de animais, gelos de selenita, micas de cristais amarradas em placas de acrílico – trabalhos de caráter artesanal, de envolvimento espacial instigante, alcançado por meio da transparência das pedras esculpidas e perfuradas, numa diluição provocada pela luz. A artista vem explorando a sensibilidade do alabastro através de releituras singulares deste material. O alabastro translúcido da Toscana permite a criação de uma aura de luz em “um instante mágico” que se faz aparecer entre o campo espacial luminoso e a escultura de fragmentos. Assim, surgem morros cariocas, torsos, memórias de infância e lembranças, gravadas em folhas de ouro. Tudo é criado para explorar o limite do olhar.
A partir de 1983, Carmen começou a esculpir o mármore e, desde então, as pedras têm sido seu material preferido. O Rio de Janeiro tem forte presença nas esculturas e em sua escala de sedução: sua singular lei estética rege o virtuosismo com enorme frescor, e humor. O alabastro, pedra translúcida, mas que também pode ser opaca ao mesmo tempo, de beleza inigualável, chega a atingir uma superficialidade ostensiva de matéria dócil e sedutora nas mãos da artista. A pedra, para ela, se presta a um exercício estético, com acento íntimo e afetivo de fina ironia. Encontrando a peça se agiganta em uma efêmera experiência de tempo-espaço. Em um jogo quase sensual, os dois Torsos crus e nus, talhados com extrema força e leveza, remetem à tradição da escultura e tornam-se atemporais. As Micas, por sua vez, trazem a real dinâmica da velocidade da luz, e são incorporadas ao repertório da artista, que se apropriou dos cristais fatiados em planos sucessivamente paralelos. De aparência também brilhosa, as criações em mica irradiam muita luminosidade, quando em escala pequena. Estas fatias amarradas nas placas de acrílico se dinamizam em jogos geométricos sem lógica matemática como as construções ambivalentes de Joseph Albers, pois Maria-Carmen introduziu nas placas de acrílicos shapes de luz triangulares como fachos luminosos. Como parte da exposição, temos ainda os Solados, estruturas que lembram pés descalços subindo os paredões crus de cimento do museu, tentando galgar o impossível!
Maria-Carmen Perlingeiro, essencialmente escultora, percebe o mundo dos volumes tridimensionais esculpidos pela luz natural e integra sua poética em uma experiência visual e tátil, imprimindo referências sutis em ritmo de pura beleza.
Por Cristina Bulamarqui, 2003.
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